A unica coisa importante para Roberto Salvatore e escrever. Criticas de rock. Para uma audiencia de onze seguidores - dez, excluindo ele mesmo. De resto, leva uma rotina estacionada. Sente-se entediado no trabalho, mas se contenta com o pouco que ganha. Empurra o namoro com Valentina na barriga. E aos trinta anos, ainda mora com a mae. Uma traicao tira Salvatore do automatico. Ele questiona o mundo que criou para si. Reiventar-se num festival pode ser a solucao. Na companhia de amigos ensandecidos e com sua ex-namorada no encalco, ele parte para uma viagem de ruptura. Mira apenas o frenesi, narrando as experiencias em seu blog, 'Tirania da Contingencia'. Para alem de um texto com trilha sonora, Salvatore busca a partir da musica um ensaio sobre o que o acaso lhe traz. Em meio a jornada, ele se depara com escolhas importantes. O tipo de decisao que faz um adulto amadurecer e que repercute ao longo de toda a vida. Uma historia sobre relacionamento e afirmacao, que reflete sobre os sonhos e emocoes de quem vive no Brasil do seculo XXI, captando a sonoridade dos grandes festivais. "Clima de otimismo. Amigos juntos, a espera de uma otima tarde de loucura. Em poucas horas, as luzes vao jorrar do palco. O ceu granulado paira acima da turba insana e feliz. De alguma maneira, estar ali nos faz sentir vivos, um ponto fora do mormaco cotidiano. Uma explosao de energia sonora e psicotropicos. Pegar um festival e mais do que ver uma sucessao de bandas boas e outras ruins. E uma fraternidade de pessoas fazendo o que mais gostam: ouvir rock e estourar os timpanos. Gritar refraos, dar socos no ceu e tocar solos imaginarios de guitarra. Algo que no dia seguinte nao passa de vapor na memoria. Coisa que a gente nao sabe pra que serve direito, mas continua indo. Roberto Salvatore"